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Internacional

Ritmo de produção de vacinas é superior ao de administração

Ritmo de produção de vacinas é superior ao de administração

Em oito meses, foram produzidas 87,3 milhões de vacinas. APIFARMA e EFPIA alertam que há 2,1 mil milhões de vacinas em risco de perderem a validade sem serem usadas

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Estão a ser produzidas mais vacinas contra a COVID-19 do que as que estão a ser administradas. É o que mostram os dados de setembro de 2021 a abril de 2022, num levantamento feito pela Federação Europeia de Associações e Indústrias Farmacêuticas (EFPIA, na sigla original), de que a APIFARMA é associada. Nesses oito meses, a indústria farmacêutica produziu 87,3 mil milhões, mas foram administradas 74,5 mil milhões de vacinas (ou 85% do total).

 

Este facto confirma que a produção de vacinas não está a bloquear a existência de um processo de vacinação mais célere. Pelo contrário: neste momento existem 2,1 mil milhões de vacinas em excesso disponíveis, de acordo com a EFPIA. E, dada a sua validade, estas estão em risco de serem desperdiçadas e destruídas.

 

Os dados da própria Covax, agora reunidos pela EFPIA, confirmam que as vacinas existem em número suficiente para a procura atual. De acordo com esta iniciativa da Organização Mundial de Saúde, que tem adquirido e distribuído vacinas contra a COVID-19, as doações têm até diminuído devido a uma redução nos pedidos vindos dos países de médio e baixo rendimento.

 

Face a este cenário, a APIFARMA e as suas congéneres europeias reafirmam que a proposta de suspensão de patentes com o intuito de disponibilizar mais vacinas é a resposta errada e ineficaz para um desafio complexo.

 

Tal como anteriormente defendido pela APIFARMA, o processo de vacinação é hoje o principal constrangimento a uma mais rápida imunização e proteção das populações, sobretudo nos países de médio e baixo rendimento. Problemas como a desconfiança face às vacinas, fragilidades na cadeia de distribuição e armazenamento de frio, défice de planeamento e de recursos humanos suficientemente treinados nas regiões mais desfavorecidas do planeta têm atrasado o processo de administração das vacinas. Este é o desafio que governos e responsáveis políticos devem enfrentar.

 

Veja a infografia aqui.