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APIFARMA sinaliza desafio de acabar com o excesso de regulação irrealista na saúde

APIFARMA sinaliza desafio de acabar com o excesso de regulação irrealista na saúde

João Almeida Lopes recorda que cidadãos têm de estar no centro dos cuidados de saúde.

O excesso de regulação da União Europeia é um dos muitos desafios que se colocam no sector da saúde, considera João Almeida Lopes.

 

“A Europa tem um número de directivas e regulamentos, muitas dos quais irrealistas” e que levam “as pessoas a procurar os privados”, afirmou o presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica durante a abertura da Cimeira Ibérica de Hospitalização Privada, que se realizou esta quinta-feira, 23 de Junho, em Lisboa.

 

No painel estavam também Óscar Gaspar, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), Carlos Rus, presidente da Alianza de la Sanidad Privada Española (ASPE) e Víctor Herdeiro, presidente da ACSS, que esteve neste fórum em representação do Ministério da Saúde.

 

No seu discurso, João Almeida Lopes sublinhou também as vantagens do regresso dos temas da indústria farmacêutica à tutela do Ministério da Economia: “Temos dificuldade em convencer os nossos governantes de que saúde tem uma dimensão económica muito grande.”

 

Para o presidente da APIFARMA, é imperioso avançar já com reformas no sistema de saúde em Portugal. “Reconhecemos a importância do Serviço Nacional de Saúde, mas conhecemos bem as suas fragilidades, que a actualidade tem evidenciado diariamente. Não podemos continuar a aceitar que ideologias político-partidárias inibam reformas há muito esperadas.”

 

Secundando a opinião de Óscar Gaspar, que sublinhou a importância de “criar pontes para a resiliência do sistema nacional de saúde”, João Almeida Lopes referiu que “a cooperação entre os sectores público, privado e social é o caminho para mais e melhores respostas em Saúde” e para a sustentabilidade do sistema de saúde.

 

Um exemplo: neste momento, os hospitais privados representam um terço da capacidade hospitalar do país e há mais de 28 mil empresas privadas, desde farmácias a centros de análises clínicas, de enfermagem ou consultórios médicos que geram um valor acrescentado bruto de 5 mil milhões de euros: “Estes valores confirmam quão relevante é o sector da saúde em Portugal e que devemos perspectivar o sistema de saúde como um verdadeiro Sistema e não apenas na óptica de um serviço nacional de saúde.”

 

Só assim se cumpre o premente objectivo de “assegurar acesso a cuidados de saúde de qualidade”, referiu João Almeida Lopes, recordando a “degradação dos tempos para diagnósticos”: “Temos de pensar em recuperar e optimizar os nossos meios”, porque “o tempo em Saúde é o tempo entre a vida e a morte”. É essencial ter presente que “são as pessoas que devem estar no centro do sistema de saúde”, sublinhou o presidente da APIFARMA.